Atividade Complementar

A CABANA

Lançamento: 06/04/2017
Título: The Shack
Direção: Stuart Hazeldine
Roteiro: John Fusco
Origem: EUA
Gênero: Drama, Mistério, Religião, Espiritualidade

O filme trata o tema religião de forma aberta, sem melindres sociais, e tem como base a história do livro  “A Cabana” de William Paul Young, um filho de missionários na Guiné, que criou a história para explicar o conceito da Trindade (PAI, FILHO, ESPIRITO SANTO) e o relacionamento humano com Deus de forma simples e compreensível, ao representar Deus (Pai) como uma mulher negra, Jesus (Filho) como um carpinteiro do Oriente Médio e o Espírito Santo como uma mulher asiática, procura mostrar que dogmas são conceitos criados pelo homem, racional e preconceituoso, que só aceita o que lhe é compreensível, semelhante, e aceito socialmente, também mostra os paradigmas do perdão libertador, onde você se liberta e liberta aqueles que você mantém preso ao seu ódio, e a ideia central do filme é que nunca estamos tão sós como pensamos.

O personagem principal Mackenzie Philliphs (Sam Worthington), vive amargurado com a dor e culpa pelo desaparecimento e morte da filha mais nova, Missy (Amélie Eve). Ele se isola da família, e se torna avesso á fé, questiona o porquê Deus permitiu que algo tão ruim aconteça com alguém tão inocente, em sua descrença, ele pensa, se seria Deus, um montro que se diverte com o sofrimento humano, passado algum tempo do ocorrido, é convidado por Deus, para uma conversa na cabana onde sua filha teria sido morta, sem entender direito quem o convidara, e porquê, vai pensando talvez em vingança, mas ali ele tem um encontro com suas próprias descrenças, e suas fragilidades humanas.

A Trindade representada por Deus (a negra Octavia Spencer), Jesus (o israelense Avraham Aviv Alush) e o Espírito Santo (a asiática Sumire  Matsubara), põe em xeque suas convicções, e contradições, a partir daí, ele começa a rever sua postura em relação á fé e espiritualidade, e sua humanidade, então começa a falar como se conhecesse Deus cara a cara.

No barco, quando ele começa a se assustar com a água entrando no barco e se tornando negra, Jesus vem ao seu encontro andando  sobre as águas e lhe diz; “apenas olhe pra mim”, e esse amigo inusitado o faz retornar ás suas raízes cristãs.

Na cena do jardim que representa a mente de Mack, plantas venenosas e ruins crescem juntas e preciso cuidado nas escolhas, o veneno ruim lembra sua humanidade, o veneno também representa as experiências ruins, que o tornam humano, errar é inerente ao ser humano, a planta que parecia venenosa pode dar muitos frutos bons, ele entende que ao conviver com as experiências negativas, elas tornam-se aprendizados, capacitando para outras ações. A Razão então pede que ele converse com sua filha, que também está se isolando e trilhando o mesmo caminho de amargura já traçado pelo pai. Neste momento ele tem um objetivo; salvar a filha, que se encaminha para a depressão da culpa.

Ao final descobre que nunca esteve na cabana e que estava em um hospital, mas provas reais mostram que ele teve uma experiencia além do humano, e que agora está preparado para sair do seu isolamento depressivo, e rancoroso.

Então é possível prosseguir em sua jornada individual, e familiar, que é inerente ao indivíduo, então pode escolher entre um recomeço, ou prosseguir com a vida já em andamento, a escolha é sempre sua. Acreditar ou não, também.

O filme, do meu ponto de vista, é voltado para pessoas mais maduras, pois exige reflexão, e interpretação, e  também conhecimento básico da Trindade Cristã, que é Deus Pai, Deus Filho, e o Espírito Santo, serem Três e ao mesmo tempo Um Só.

AC: Atividade Complementar

Imagens: (Summit Entertainment/Reprodução)