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As mãos e os pés revoltaram‐se um dia.
__Trabalhamos tanto, estamos em contínuo lidar e tudo é em proveito do estômago, que ai fica folgado, empregando em vantagem própria tudo quanto adquirimos. Não queremos mais trabalhar e vamos folgar, e viva o estômago como puder, “ele que se vire”.
Admoestações, rogos, instâncias, nada valeu.
O estômago ficou em jejum; mas rapidamente todo o corpo caiu em debilidade; braços, pernas, pés e
mãos foram dos primeiros a sentir um entorpecimento, uma languidez que os assustou; compreenderam que iam morrendo; voltaram pois ao seu antigo trabalho, e dentro em pouco, graças ao condescendente estômago, se acharam restituídos à antiga robustez.
MORAL. ‐ Todos somos membros de um vasto corpo, que é a sociedade; cada um exerce funções especiais, mais elevadas, outros mais humildes, porém todas indispensáveis.

pára a prosperidade e até para a existência de todos